2013/03/19

Circuito Mineiro de Cafeicultura começa nesta quarta-feira, dia 20, em Andradas

Evento realizado pela Emater-MG, Ufla e outros parceiros deverá debater o preço do café Começa nesta quarta-feira, dia 20 de março, em Andradas, Sul de Minas, o Circuito Mineiro de Cafeicultura 2013. Como em outros anos, o circuito vai percorrer diversos municípios do Estado para debater questões de interesse dos produtores envolvidos com a atividade cafeeira. O baixo preço do café no mercado deverá permear as discussões, além de informações sobre manejo da cultura e novas tecnologias para a cafeicultura. Para tanto, a iniciativa fará uso de recursos tais como: palestras, oficinas, dias de campo e exposição de maquinário, entre outras ações próprias de cada município. O Circuito Mineiro de Cafeicultura é uma realização da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e Universidade Federal de Lavras (Ufla), em parceria com outras instituições públicas e privadas. “Um dos objetivos do Circuito é estreitar as relações de toda a cadeia produtiva do café, com a tentativa de melhorar a rentabilidade para todos. Isso desde o produtor até o consumidor, para que este tenha um melhor produto”, explica o gerente da regional Emater-MG de Lavras, Marcos Fabri. Segundo ele, serão debatidos assuntos técnicos e conjunturais, como o atual preço do café arábica. “O preço do produto caiu no mercado mundial, por isso vamos discutir como podemos contribuir na redução racional de custos de produção e conduzir propriedades cafeeiras em época de crise”, informa. Segundo o coordenador técnico estadual de Cafeicultura da Emater-MG, Marcelo Felipe de Pádua, este é mesmo um assunto que deverá movimentar os debates do Circuito Mineiro de Cafeicultura de 2013. Para o técnico, o cenário da cafeicultura é preocupante, pois a próxima safra (2013/2014) vai começar em maio e ainda há muito café em estoque da safra anterior (2012/2013), que precisa de ser comercializado. “Se a saca de café continuar no patamar de R$ 300 reais nos próximos meses, seria até uma solução tranquilizadora, mas o que se prevê é que vamos ter uma grande safra. A Conab estima em 48 milhões de sacas. Então estamos aguardando a entrada desta nova safra, mas ainda temos 40% de café estocado da safra anterior. Isso é um dos fatores que está pressionando as cotações do café para baixo”, avalia. Sobre a importância do Circuito de Cafeicultura, Marcelo Felipe acentua a capacidade de o evento levar a tecnologia da pesquisa ao produtor de uma forma mais rápida, sem descuidar do aspecto de levantar demandas e necessidades dos produtores. “Normalmente a gente reúne 12 mil produtores por ano, então, se a gente fosse conversar com todos eles para levantar gargalos e demandas da atividade, demoraria muito. Com o circuito temos condições de fazer esse trabalho mais rápido e levar ao conhecimento das autoridades competentes, das demandas e gargalos, de uma forma mais objetiva”, argumenta. Segundo o coordenador, o preço do café está em queda desde 2011, quando a saca de 60 quilos que era de R$ 500 começou a cair, estando atualmente em torno de R$ 300, valor que “não cobre o custo de produção”, afirma. Só na região Sul, o Circuito Mineiro de Cafeicultura está programado para acontecer em 20 etapas, oito a mais que as do ano passado. Na ocasião, o Circuito teve um público aproximado de cinco mil participantes. Para este ano, a expectativa é de sete mil pessoas, segundo o gerente da Emater-MG. Marcos Fabri admite que mais municípios demandaram a inclusão deles no roteiro da edição 2013, mas não foi possível atender a todos. “A demanda era até maior, mas por questões operacionais, fechamos em 20 etapas”, explica. Conforme Fabri, o circuito é aberto a agricultores familiares, técnicos, produtores médios e grandes, lideranças da cafeicultura, ligadas aos sindicatos rurais, Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), associações e cooperativas, além de lideranças públicas municipais como prefeitos e vereadores. Programação da 1ª etapa Em Andradas, a primeira etapa do Circuito acontecerá no Clube da Icasa, na avenida Ricarti Teixeira, na saída para o município paulista de Espírito Santo do Pinhal, no horário de 8h às 14h. Além das palestras técnicas, a programação prevê a exposição de máquinas, tratores e equipamentos para a atividade cafeeira; palestra sobre a saúde do trabalhador, com a medição de pressão arterial e a realização de exames de glicemia; e ainda, uma mostra de artesanato em fibra de taboa. Minas Gerais é o maior produtor nacional de café com 50% da produção do país, segundo os últimos dados do IBGE, levantados em 2011. São 1,34 milhão de toneladas do grão, em 1,03 hectares de área plantada. Toda a produção brasileira soma 2,70 toneladas em 2,15 hectares de área. Já em Andradas, a produção de café é de 250 mil sacas por ano, em 7.700 hectares de área em produção. Outros 1.480 hectares de café estão em formação no municipio, segundos dados do escritório local da Emater-MG. Para a Safra 2013/2014 a previsão é de 48 milhões de sacas no país. Desse total, Minas Gerais deverá contribuir com 24 milhões de sacas. Ainda sobre o café mineiro, outro dado importante é que 50% da produção do Estado vem da região Sul, sendo que, 80% dos cafeicultores locais são agricultores familiares, segundo o gerente regional de Lavras. “Esses agricultores têm em média até 50 hectares de área total na propriedade, sendo até 10 hectares de lavoura de café”, informa Marcos Fabri. Assessoria de Comunicação da Emater-MG

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