2013/01/25

TRUTAS É SÓ AQUI PERTINHO NO SUL DE MINAS

O Sul de Minas é o único local do Estado que tem as condições propícias para a criação e desenvolvimento da truta, considerado um peixe nobre no país. Mas as chuvas de janeiro de 2011 destruíram muitos tanques e a truticultura da região está em fase de recuperação. Produtores de Itamonte (MG) tentam recuperar o pescado aos poucos, já que, para eles, este tipo de peixe não é só um bom negócio, mas também se tornou um tipo de atrativo turístico. O professor Alexandre Rasori é do Rio de Janeiro (RJ) e há seis anos, dar uma pausa na viagem para comer truta na cidade faz parte do roteiro de férias da família. “Nós achamos um peixe leve, não tem espinha, fica muito gostoso em vários preparos, é bom demais”, conta Rasori. Em um restaurante em Itamonte, truta é a especialidade da casa. O peixe é pescado na hora e se o cliente preferir, ele mesmo pode fazer isso. “Você faz grelhado, na chapa, do jeito que o cliente preferir e tudo feito na hora”, conta a cozinheira do restaurante, Neiva Ribeiro Cândido. Na adolescência, o dono do pesqueiro Milton Fernandes da Silva já trabalhava com a criação de trutas e, segundo ele, a aceitação dos clientes aumentou muito nos últimos anos. “Está valendo a pena, é bom negócio na região”, afirma ele. Minas gerais produz cerca de 1,2 toneladas de truta por ano. No sítio onde dona Silvana Mendes Fonseca trabalha, são 20 anos dedicados à criação de trutas. No local há 18 tanques, e atualmente, a produção chega a 10 toneladas por ano. Apesar da boa produção, os negócios na cidade estão em um momento de recuperação. Há dois anos, uma forte chuva prejudicou muitos truticultores em Itamonte. Vários tanques foram destruídos e alguns produtores perderam tudo. A truta é considerada um peixe nobre. A espécie é originária de águas frias e se adaptou bem às condições climáticas das serras do Sul de Minas. Ela se desenvolve em temperaturas que variam entre 14º e 18º C e necessita que a água tenha uma boa oxigenação. Os tanques da propriedade de Paulo Pêgas foram construídos na década de 1940 e, agora, passam por adaptações para que a qualidade da produção seja melhorada. “A gente acredita que a produção tenha que seguir a legislação local, que a água tenha que ser tratada, afinal, melhorando a qualidade da água, você melhora a do peixe”, afirma o gerente da fazenda, Pêgas. Pelo último levantamento feito pela Emater de Itamonte em 2011, o município tem cerca de 60 truticultores que produzem 450 toneladas por ano. A maioria das trutas é vendida para os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Fonte: G1 Sul de Minas

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