Caminhoneiros que não respeitaram parada tiveram documentos retidos. Paralisação já chegou a Lavras (MG) e traz 1 km de congestionamento.
O protesto dos caminhoneiros que teve início no fim de semana e já vários trechos da Rodovia Fernão Dias no Sul de Minas teve momentos de agitação na tarde desta segunda-feira (23) em Perdões (MG), onde há a maior concentração de veículos e o congestionamento já atinge cinco quilômetros. No local, alguns caminhoneiros se confundiram ao ver os carros de passeio passando e tentaram ‘furar’ o bloqueio. Eles foram parados por outros manifestantes, que jogaram cones e outros objetos contra a cabine. Alguns chegaram a ter o caminhão apedrejado.
A ação é contra o aumento do preço do óleo diesel e o valor do frete, que não teve reajuste. O trânsito está liberado apenas para motos, carros e ambulâncias. A ordem era para os caminhoneiros pararem no final da fila, mas os motoristas que tentaram seguir viagem, tinham os documentos recolhidos pelos manifestantes e devolvidos só depois que fizessem o retorno.
O motorista José Luiz Costa foi um dos que não quiseram parar e nem deixar o documento. “Eu achei que a paralisação não era obrigatória e eu não posso entregar o documento se não for para uma autoridade policial. Eu não sabia que era obrigado”, disse.
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Caminhoneiros interditam trechos da Rodovia Fernão Dias no Sul de Minas Protesto de caminhoneiros bloqueia estradas pelo país Segundo um manifestante, a ordem partiu do sindicato da categoria. “A ordem veio do sindicato, mas estamos deixando passar caminhões com carga viva, com medicamentos, ambulâncias e tudo que possa por em risco a vida de alguém”, disse Rodrigo Oliveira.
Contudo, tem quem não concorde, como o motorista Antônio Carlos Raimundo Filho. “Estamos perdendo dinheiro parados, nós dependemos de seguir viagem e fazer entregas. Não deveria ser obrigatório”, comentou.
E a paralisação já causa reflexos nos postos de combustíveis ao longo da rodovia. Segundo o empresário Oppenhimer Mendonça, já não nhá mais vagas para estacionar. “Não tem mais lugar para caminhões ou carretas, sem falar que nosso estoque de gasolina e comida deve dar para, no máximo, quatro dias”, detalhou.
Outras cidades do Sul de Minas também já são afetadas pela manifestação. Até a atualização desta reportagem, em Lavras (MG) havia um quilômetro de congestionamento nos dois sentidos da rodovia. Em Santo Antônio do Amparo (MG), um quilômetro de filas no sentido Belo Horizonte (MG).
Questionada, a Polícia Rodoviária Federal informou que reter os documentos dos motoristas que se negam a parar é uma prática ilegal. Segundo os policiais, as vítimas podem fazer denúncias pelo telefone 191.
Do G1 Sul de Minas
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