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2013/02/26
Assembleia inicia discussão sobre Mobilidade Urbana
Deputado e 1º secretário, Dilzon Melo, participou de lançamento do evento que será realizado neste semestre
Com o objetivo de propor soluções para a mobilidade urbana em Belo Horizonte e em outras grandes cidades do Estado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) lançou, na manhã desta quarta-feira (20/2/13), o evento “Mobilidade Urbana – Construindo Cidades inteligentes”. Participaram do evento deputados estaduais, autoridades municipais, estaduais e federais, além de entidades ligadas ao assunto.
Na solenidade, o 1º secretário da Assembleia, deputado Dilzon Melo (PTB), ressaltou o trabalho da ALMG na busca por soluções que melhorem a utilização do espaço público. “Esta reunião, este início de discussão sobre um tema tão importante, é acima de tudo um convite feito por esta Casa à sociedade para debatermos e buscarmos juntos soluções que resolvam o caos provocado pela imobilidade urbana, que infelizmente vem crescendo e piorando. É também uma ótima oportunidade para nos conscientizarmos e traçarmos medidas que combatam este grande problema e previnam contra transtornos maiores em um futuro bem próximo”, destacou.
Essas soluções, para o consultor de trânsito e transporte Osias Baptista Neto, têm início na formação de uma consciência de que a mobilidade urbana é um problema de todos. Hoje, não há crescimento de vias públicas capazes de acompanhar o crescimento da frota de automóveis. Surge, então, para o consultor, a necessidade de aumentar a eficiência desses espaços.
O aumento dessa eficiência, explicou Osias, está relacionado ao transporte público, que poderá realizar a locomoção do maior número de pessoas no menor espaço possível.“Toda solução está no incremento do transporte público, o que irá resultar no cerceamento do transporte privado. Todos teremos que fazer sacrifícios,” disse.
Transporte Público
O Secretário Extraordinário de Gestão Metropolitana de Minas Gerais, Alexandre Silveira de Oliveira, defendeu que a implementação mais eficiente em Minas Gerais envolve a realização de parcerias entre municípios. Hoje, segundo Alexandre, há o desafio de diminuir o grande fluxo de pessoas para a capital do Estado. “É necessário criar um fortalecimento de novas centralidades, levar os serviços públicos essenciais e atrair a geração de emprego nesses espaços,” explicou.
O presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Belo Horizonte, Francisco de Assis Maciel, criticou a superlotação, o descumprimento dos horários e até a ocorrência de maus tratos aos passageiros do transporte público. Já o presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana, José Aparecido Ribeiro, classificou o transporte público no Brasil como de “quinta categoria”. “As pessoas em Londres só não andam de carro porque lá elas têm um transporte coletivo de boa qualidade”, afirmou.
Dilzon Melo lembrou que o transporte público, principalmente de Belo Horizonte, bem como em outros grandes municípios do Estado, está defasado há muito tempo.“Sei que este é um assunto que também envolve o âmbito Federal, mas o metrô de Belo Horizonte, por exemplo, não acompanhou o crescimento da população. Uma obra grandiosa, mas que em 27 anos tornou-se obsoleta. Grandes municípios, como Varginha, também já sofrem com o trânsito. Isso acontece por falta de discussão, adiamento de soluções pequenas e falta de ações preventivas. Décadas depois, os problemas, estes sim, crescem proporcionalmente com as populações”, afirmou.
Planos de Mobilidade Urbana
Além de buscar soluções para otimizar a mobilidade urbana, a Assembleia busca, por meio da realização do evento, auxiliar na aplicação da Lei da Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587, de 2012), que exige aos municípios com mais de 20 mil habitantes a elaboração de planos de mobilidade urbana até 2015. “Para que tenhamos o resultado que esperamos e precisamos, é necessário agilizar o processo. Sair dessa fase embrionária, do campo das discussões, e colocarmos as soluções em prática o mais rápido possível. Estamos às vésperas de sediar uma Copa do Mundo e nossa mobilidade urbana, estadual e interestadual, é muito deficiente", lembrou o 1º secretário Dilzon Melo.
A analista de infraestrutura da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Martha Martorelli, garantiu que o ministério tem condições de prover todo o treinamento necessário aos municípios que necessitarem de ajuda.
As cidades que não cumprirem essa determinação podem ter os repasses federais destinados a políticas de mobilidade urbana suspensos. Por isso, a troca de informações e a busca de alternativas propiciadas pelo evento têm o objetivo de auxiliar os gestores públicos na realização dos planos. Antes, essa obrigação era imposta somente aos municípios com mais de 500 mil habitantes.
FONTE: www.almg.gov.br
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